quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tábula dos Termos SOBRE RPG

Esse texto visa (sem grandes pretensões...), clarificar os termos que vemos usar e usamos nos nossos debates e textos sobre RPG. Está aberto desde sempre neste blog, o amplo debate, questionamento e críticas sobre tudo o que aqui é exposto.

Indie
É uma abreviação do termo em inglês independent, que quer dizer independente oras! De acordo com a conceito do termo é aquilo que se faz sozinho, sem apoio de uma empresa. Pode ser distribuído gratuitamente ou impresso, mas para ser Indie de verdade o investimento não pode vir de nenhum tipo de financiador, tem que vir do bolso do artista/escritor. Portanto Mighty Blade é Indie e Rastro de Cthulhu não é.
Muitos têm feito confusão de Indie com Alternativo. Indie trata principalmente de produção, da forma como o jogo chegou ao público, não tem nada haver com sistema, já Alternativo tem relação direta com o sistema de jogo. Nem tudo que é Alternativo é Indie, e nem tudo que é Indie é Alternativo. Mas é fato que na maioria das vezes andam de mãos dadas.

Alternativo
Como dito antes, Alternativo diz respeito ao sistema de jogo. Um sistema Alternativo vai contra as convenções, dos RPGs Mainstream (veja abaixo). Na generalidade, os jogos "comerciais" como Pathfinder, D&D, Call of Cthulhu, Gurps, usam sistemas e ambientações robustas, não só para "avolumar" livros e consequentemente agregar valor ao produto, mas também por carregam maior proximidade com os RPG´s primevos, que foram diretamente inspirados nos Wargames.
Um RPG alternativo, oferece principalmente uma alternativa aos sistemas de resolução de conflito, narração e interpretação aos jogos Mainstream, como o uso de recursos materiais diferentes (como os baralhos e fichas de pôquer do original Violentina), inovações em temas, mecânicas narrativas e etc.

Mainstream
São os jogos que traçam um padrão para o mercado como D&D, o Novo Mundo das Trevas e Gurps. São em geral jogos com idade mais avançada e ainda presos as antigas convenções de sistemas e narrativa. Os RPGs Mainstream figuram nas listas ose mais vendidos e são os jogos mais acessíveis em termos de distribuição. Paralelamente são os mais caros e os que exigem maior disponibilidade de tempo tanto para jogar, como para dominar seus sistemas de regras.
Um aspecto exclusivo dos jogos Mainstream é o suporte na forma de suplementos que os acompanham e que esvaziam os bolsos dos seus mais ávidos entusiastas.

Old School
O termo Old School já foi alvo de inúmeros debates na blogosfera, foi ligado a forma de jogar, ao sistema e a temática de seus jogos, no entanto sua essência não consta em nenhum desses três aspectos.
Alguns dizem que ser Old School é jogar "como se jogava antigamente". Como? se nunca houve forma certa para se jogar RPG.
Alguns dizem que o sistema é que é Old School. Só se for pela marcada profusão de regras dissonantes do conjunto (testes com diferentes dados, percentagem com soma, lentidão na resolução de conflitos).
Alguns dizem que Old School é o clima/temática do jogo. No entanto esse clima/temática persiste até hoje em jogos completamente diferentes, é inerente a jogadores e não aos jogos, sem contar que tal clima/temática nunca foi rigoroso. "Quem é que me impedir de jogar do jeito que eu quiser???". Você pode jogar Old Dragon com as técnicas narrativas do Houses of Blooded, e ninguém pode te impedir.
Escola Velha, são os RPGs (e os que se inspiram neles), mais antigos como Tunnels & Trolls, D&D 1a Edição, e Mazes & Minotaurs. São a pedra fundamental do RPG, o marco que separa a simples contação de histórias desde a antiguidade para a nova dimensão das histórias participativas, onde os protagonistas podem escolher seus rumos a medida em que a trama se mostra, fazendo com que aquela história seja única. Old School, no RPG, foi o momento da experimentação, de ver o que permaneceria e o que seria jogado no ralo.
Apesar disso tudo, o termo já adquiriu os contornos refutados aqui, tornando-o referencial para essas utilizações, por isso não há mal algum continuar assim.

New School
Termo tão improcedente como "Idade Média". Como algo pode "ser escola" se é novo? E daqui a dez anos, qual vai ser o nome das coisas novas? E as coisas de dez anos anos antes, ainda chamaremos de new school? Esse termo só mostra como o homem de forma geral se acha o centro de tudo, tomando seu tempo e suas referências como padrão para medir coisas que viajam na linha do tempo, a qual não conhecemos nem o início e nem o fim.
Vejo Vocês!

Um comentário:

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